Post Mortem

Talvez as gerações mais novas não saibam - ou apenas achem estranho, mas houve um tempo em que as pessoas não tinham celular. Jogos como damas e xadrez tinham que ser jogados em tabuleiros e as peças movidas pelos jogadores. Já paciência e "freecell" necessitavam de baralhos e uma mesa. Era tudo analógico. Como também não havia aplicativos de mensagens, era costume as pessoas falarem entre si por telefone fixo. Daí a importância de ter, e manter sempre atualizado, um caderninho - também conhecido como agenda - com o nome e o número de seus contatos mais importantes. Por tudo isso era normal, naquela época, que as alunas de um tradicional colégio feminino do Rio de Janeiro se reunissem durante o recreio para conversar e comparar seus cadernos com os das amigas. Quanto maior o número de registros, mais popular era a dona do mesmo. Andréia e Fabíola não fugiam a esse padrão. Amigas de longa data, zanzavam pela escola fazendo o maior sucesso e causando, obviamente, sentimentos d...