A Porta Verde - parte IV

Quarta e última parte do causo. Aconselhamos a ler desde o começo (clique aqui!) Uma difícil decisão No dia seguinte, já de volta à Porto Alegre, esperei ansiosamente a chegada de Anastácio na cafeteria para lhe contar que meu eu mais jovem morrera assim que eu cruzara o portal. Precisava com urgência compartilhar o enigma que me atormentava desde a revelação feita por meu pai. Mas com quem? Além de Anastácio havia mais ninguém. Se eu ousasse contar minha história para outros no mínimo seria tachado de louco e internado no Hospício São Pedro [1] . Assim que ele chegou pedi que sentasse e fiz meu relato da melhor forma possível. Anastácio ouviu entre incrédulo e abismado, mas procurou manter a calma. Depois de algum tempo em silêncio, levantou-se e começou a caminhar em círculos. Por fim também me levantei com a intenção de coar um café - talvez a cafeína ajudasse a clarear os pensamentos. A presença de alguém que podia entender como me sentia trouxe a serenidade e a corage...