Adalgisa

Um dos meus pontos de referência afetiva no centro do Rio de Janeiro é o restaurante Verdinho da Cinelândia - de saudosa memória. Já citei o local em relato anterior assim como uma de suas ilustres figuras: Seu Roberval, o garçom que sempre nos atendia (ver Chorosa ). Uma turma de amigos autointitulada Confraria das Quartas reunia-se ali todas as quartas-feiras ao meio-dia com o propósito de comer, beber e, principalmente, jogar conversa fora. Tínhamos mesa fixa e direito a batas-fritas portuguesas no capricho. Bons tempos aqueles. Essa lembrança trouxe de arrasto outra, de um caso complicado, resolvido com fartas doses de sutileza, argúcia e uma pitada de sorte. Começou de forma prosaica durante o almoço, após alguém comentar sobre minhas habilidades paranormais. Notei que Seu Roberval suspendera o retorno à cozinha e ficara assuntando. Nada demais. Fazia isso frequentemente e não ligávamos, pois o considerávamos membro do grupo. Encerrado o repasto coube a mim qu...