Quem casa quer casa


Na derradeira noite de 1959 Aristides anunciava ao mundo seu propósito de ano novo ao pedir Ritinha em casamento. Estavam noivos há alguns anos e já circulavam boatos que ele estava apenas enrolando a moça. Não era esse o caso, pois o moço era distinto e suas intenções sinceras. Tanto é verdade que durante o ano traçara mil planos, guardara cada centavo, só para ver nos olhos de sua futura esposa a surpresa quando tornasse público seu desejo - talvez não para todo o mundo, mas para ela, seus pais e os seus irmãos, que riam a socapa do papel a que se prestara o pobre Aristides. Na emoção do momento misturava juras de amor com frases extraídas dos jornais da época. Que o País vivia um surto de crescimento como nunca havia se visto e, enfatizava ele, era esse o momento ideal para dar início a uma família e ajudar a criar uma grande Nação. 

Emocionada e um pouco confusa, Ritinha aceitou o pedido de casamento, apesar de mal formulado - na opinião da seleta plateia. Mas impôs uma condição: ela só marcaria a data da cerimônia quando tivessem uma casa própria para morar!

A exigência era mais que justa e Aristides não teve como recusar. Nos seus devaneios esquecera esse detalhe fundamental, que o bom senso de Ritinha jogava a seus pés como um desafio. Suspirou fundo e prometeu que removeria esse empecilho ainda no primeiro semestre do ano que se iniciava. Até porque a perspectiva de morar com os sogros, ou continuar morando com os pais, era simplesmente aterradora tanto para o noivo quanto para a noiva.

— Quem casa quer casa!

Não é o que diz a sabedoria popular? 

Tendo se imposto mais essa meta, o, literalmente, pobre Aristides começou a dar tratos a bola. O País de fato vivia um surto desenvolvimentista sim, mas infelizmente os preços também! Principalmente os do ramo imobiliário.

Aristides contava e recontava as parcas economias sem encontrar uma casa, por menor que fosse, que coubesse no seu orçamento. Certo dia, com o final do prazo se aproximando rapidamente e cansado de esquentar a cabeça, foi afogar as preocupações numa birosca próxima a sua casa. Assim que tomou lugar à mesa, o Boca puxou uma cadeira e sentou a sua frente. Boca e Aristides eram conhecidos de longa data, sendo que o primeiro tinha esse apelido por estar sempre atrás de uma boca rica que lhe sustentasse - sem trabalhar, é claro. 

Mesmo que ninguém perguntasse, Boca começou a explicar que ouvira falar das agruras do amigo e, pelo grande apreço que lhe devotava, vinha oferecer a solução perfeita. Havia um loteamento novo, um pouco afastado do centro, mas que, por ainda não estar pronto, oferecia terrenos a preço de ocasião.

— Uma barbada!

Enfatizava Boca, batendo com o cutelo da mão na mesa.

Em suas palavras, tudo era muito simples. Bastava comprar o terreno, construir uma meia-água nos fundos e depois ir ampliando a casa aos poucos, conforme as possibilidades.

Aristides conhecia o "amigo" tempo suficiente para saber que seus estratagemas eram bolados de modo a beneficiar uma única pessoa, o próprio autor. Por isso colocava todos os entraves possíveis às maravilhosas ofertas que ouvia partir do outro lado da mesa. Entretanto, os argumentos apresentados não deixavam de ser válidos e, aos poucos, iam minando a resistência de Aristides. Havia apenas um, para o qual ainda não havia sido apresentada uma alternativa e foi a ele que Aristides se apegou.

— Esquece Boca. Esse loteamento é muito longe e isolado. A Ritinha não vai querer morar num fim de mundo desses.

— É o que pensas Aristides. O melhor deixei por último!

Nesse ponto Boca arregalava os olhos enquanto falava.

— Já começaram a construir uma nova estrada, justamente para ligar o bairro à cidade. Quando ela estiver pronta os terrenos vão valorizar uma barbaridade. O retorno do investimento é garantido!

Esse realmente era um ponto a ser considerado.

— Tá certo Boca. Me convencestes. Aonde eu encontro um corretor pra tratar da compra dessa maravilha?

— Estás falando com ele!

Boca sorria e abria os braços, enquanto Aristides já começava a questionar a qualidade da oportunidade oferecida.

Em data previamente acertada, a dupla de amigos se encontrou na varanda de uma casinha de madeira que fazia as vezes de escritório do empreendimento imobiliário. Boca apresentou Aristides para três ou quatro corretores que se encontravam no interior da casa, ofereceu um cafezinho e então o arrastou para uma parede onde havia um grande mapa com retângulos numerados. Os lotes estavam agrupados por cores distintas de acordo com a faixa de preço a qual se enquadravam. Aristides percorreu rapidamente a tabela que associava cores e valores e começou a suar frio. Suas reservas estavam além da última linha da maldita tabela.

Enquanto isso Boca ia desenrolando seu discurso de vendedor, pontuando as vantagens de comprar agora, enquanto o loteamento estava em obras.

— Assim que a infraestrutura e a nova estrada estiverem prontas isso aqui vai virar uma mina de ouro!

— O negócio é tão bom que eu mesmo já reservei um dos melhores lotes para mim.

Vendo que Aristides não estava muito entusiasmado com sua apresentação Boca o levou para fora, de modo a poderem conversar sem a presença incômoda dos colegas.

— Qual o problema Aristides? Não te agradastes de nenhum lote?

— Não é isso Boca. Eu não tenho dinheiro suficiente para comprar um terreno aqui. Tu sabias disso e me arrastastes mesmo assim!

— Calma guri! Pra tudo há uma solução. Acontece que eu sei de uma área que ainda não foi mapeada, mas que já se encontra a venda.

— O preço é bem mais em conta, mas é claro que os lotes não são tão bons como estes que te mostrei.

— Desamarra essa cara e vem comigo.

Boca levou Aristides de carro até uma área mais afastada, onde as ruas estavam sem calçamento e as demarcações eram pequenas estacas de madeira.

— Isso é um fim de mundo Boca. E além disso os terrenos são desnivelados! Vai ser preciso gastar uma fortuna em aterro para emparelhar isso.

— Tu só enxergas o lado ruim das coisas Aristides. Ainda bem que estou eu aqui para te ajudar.

— Acontece que eu conheço um carroceiro que vai fazer o serviço baratinho para ti.

— Até pode ser Boca, mas ainda vou ter que pagar pela terra.

— Aí é que está o pulo do gato Aristides. A companhia que está construindo a estrada precisou terraplenar uma grande área para nivelar a pista e agora está doando terra para quem quiser. É só chegar lá e pegar.

Boca tanto falou e argumentou que Aristides acabou se convencendo da viabilidade do negócio. Com algum aperto conseguiria pagar as prestações do terreno - a perder de vista - e ainda sobraria algum para fazer o aterro e construir uma casa simples. Ritinha ficaria feliz!

Encerrados os trâmites burocráticos Aristides finalmente tomou posse do seu pequeno pedaço de chão e foi com alegria que levou Ritinha para conhecer o lugar. De mãos dadas, ambos já visualizavam a casa, o jardim, o cachorro e, é claro, os filhos que haveriam de ter.

Entretanto, comprar o terreno era apenas o primeiro passo. Felizmente Aristides estava determinado a cumprir a meta que se impusera e não tardou em continuar a caminhada que o levaria ao altar. Naquele dia mesmo procurou o carroceiro indicado por Boca e contratou o transporte do aterro para sua propriedade. Para evitar um rombo ainda maior no orçamento, ficou decidido que o carroceiro faria apenas o frete. Espalhar e compactar a terra seria um trabalho para Aristides.

Na data combinada, ao chegar no local de chapéu de palha, pá e enxada, Aristides já encontrou as cargas de aterro que contratara depositadas no que viria a ser, futuramente, a calçada. Sem perder tempo, tratou de lançar mãos a obra de modo a corrigir as acentuadas irregularidades do terreno.

A terra deixada pelo carroceiro era bem adubada, como aquelas que se compra em floriculturas e que fazem a grama crescer bem verde e bem forte. O único problema é que havia uma boa quantidade de pedrinhas e ossos misturados. Aristides não se ateve muito a isso, afinal não seriam alguns ossos de bicho - avaliou ele - que iriam acabar com a sua alegria. Sempre que se deparava com algum deles, tratava logo de enterrá-los bem fundo e continuava sua lida. 

Já era final de tarde quando, cansado, Aristides resolveu parar. O tempo dispendido até ali havia sido produtivo, mas era preciso completar o serviço para só então chamar os pedreiros e dar início a construção da nova casa.

No outro dia, logo cedo, Aristides dirigiu-se novamente ao loteamento disposto a finalizar o que começara na véspera. Ia de alma leve, assobiando uma marchinha de carnaval e fazendo outros mil planos para o futuro. Entretanto, ao se aproximar do terreno, logo notou que algo não estava certo.

A terra tão cuidadosamente espalhada - e compactada - no dia anterior estava toda revolvida! Algum engraçadinho viera após a saída de Aristides e cavara por todo lado, arruinando o resultado de um dia inteiro de trabalho duro.

— Isso só pode ser obra de um desocupado.

Resmungava ele enquanto consertava o estrago. Para encurtar a estória digo apenas que o fato se repetiu por umas três noites seguidas. Era sempre o mesmo. Aristides aterrava durante o dia e algum gaiato esburacava o terreno durante a noite.

Cansado de ser feito de bobo Aristides decidiu ficar por ali para dar um flagrante no zombeteiro.

— Ah, ele vai ver só.

Repetia para si mesmo Aristides, enquanto procurava um bom caibro para mostrar para o safado que estava lhe tirando a paciência com quantos paus se faz uma canoa.

Aristides decidiu montar seu posto de observação numa touceira de arbustos próximos, de modo a permanecer incógnito e pegar o responsável com a boca na botija. Pelo menos esse era o plano, mas estava tão cansado que acabou dormindo. Acordou por volta da meia-noite ao escutar alguns sons estranhos que vinham do seu terreno.

Ao espiar entre os ramos dos arbustos Aristides quase foi fulminado por um infarto. O que acontecia a poucos metros de distância não podia ser real. Por mais que esfregasse os olhos e beliscasse a si mesmo para verificar se não estava sonhando, ele simplesmente não podia acreditar que aquilo realmente estivesse acontecendo: uma multidão de espectros vagava pela área aterrada, revirando insistentemente a terra como se buscassem alguma coisa.

— Valha-me Nossa Senhora de Achiropita!

Dizia ele enquanto se benzia freneticamente.

— O que posso eu fazer contra isso?! A Ritinha jamais vai aceitar morar aqui quando souber como é a vizinhança.

Nisso ele estava certo. Se Ritinha descobrisse que teria que dividir seu futuro lar com um bando de fantasmas não haveria casamento.

Passado o susto inicial, Aristides percebeu que o fenômeno era restrito somente a sua propriedade, fazendo-o concluir que o lote que lhe fora vendido era amaldiçoado. Cedinho no dia seguinte estava batendo na porta da casa do Boca para tirar satisfações.

— Isso não existe Aristides!

Respondia o Boca sempre que o amigo lhe dava uma chance.

— Até onde eu sei não há nada de errado com o loteamento. Se houvesse haveria fantasmas por toda parte e não apenas no teu terreno.

Aristides queria a todo pano desfazer o negócio e reaver o dinheiro investido. O Boca argumentava que era impossível e que começava a desconfiar que fosse uma desculpa de Aristides que se arrependera da compra.

— Agora é tarde Aristides. Não tem como desfazer o negócio com base em aparições territorialistas!

E bateu a porta na cara do - a essas alturas - ex-amigo.

Vendo que não havia mais o que fazer por ali, Aristides decidiu voltar a birosca onde tudo começara. Quem sabe um pouco de cerveja não ajudasse a clarear as ideias?

Enquanto bebericava mais um copo, ouviu uma voz familiar atrás de si:

— Oi meu filho. O que estás fazendo aqui a essa hora? E bebendo?

Era sua mãe, com duas galinhas carijós debaixo do braço. Ela estava retornando do aviário quando avistara o filho pela porta do bar e resolvera verificar se estava tudo bem.

— Brigastes com a Ritinha?

— Senta aí mãe. Acho que pra senhora eu posso contar.

O relacionamento entre os dois nem sempre fora perfeito, mas Aristides se sentia tão perdido naquele momento que a simples presença dela era um bálsamo para suas feridas. Além disso, ele tinha certeza que por mais que sua mãe não acreditasse nele, pelo menos não o mandaria internar.

Relatou a história toda da melhor forma possível e fitou cuidadosamente os olhos da mãe por alguns instantes.

— Então, o que lhe parece?

— Não faço ideia Aristides. Agora, se de fato são aparições que estão lhe causando problemas, deverias falar com a Helga.

A tia Helga! Na sua aflição Aristides não lembrara da única pessoa da família que poderia orientá-lo em questões dessa natureza. 

— A senhora é demais! Vou agora mesmo ter uma conversinha com ela.

— Negativo meu filho. Primeiro vais me ajudar a depenar o almoço.

Tia Helga era a irmã mais velha de sua mãe. Uma senhora na faixa dos sessenta e poucos anos, muito simpática e especialista em assuntos ligados ao sobrenatural - a única na família, diga-se de passagem. Apesar de ser muito querida por todos, seus parentes não aceitavam com facilidade o que consideravam ser prática de magia, quando na verdade era a manifestação de um dom.

Seja como for, sempre que a coisa apertava para o lado do desconhecido era a tia Helga que chamavam para dar um jeito na situação. Dessa vez não fora diferente. Depois do almoço lá se foi Aristides recontar para a tia tudo o que já havia contado para o Boca e para sua mãe. Helga ouvia calada, com o olhar melancólico que lhe era característico. Quando Aristides terminou de falar ela perguntou:

— Queres um chá? Tem uns biscoitinhos também.

Enquanto mordiscava um biscoito de maisena, Aristides observava a tia rodar pela enésima vez sua colherinha na xícara. Estava há tanto tempo nessa operação que ele tinha certeza que ela estava em transe. Passados mais alguns minutos ela bebeu um golinho, suspirou e disse:

— Ossos. Os ossos vieram com a terra?

— Sim tia, com certeza.

— Essa terra veio da onde meu filho?

— Da construção da estrada tia. É um aterro que sobrou.

— Tens certeza que são ossos de bicho?

— Claro tia. Do que mais seria?

— De gente, meu filho. Ossos de gente.

Helga dissera essas últimas palavras como se fossem a coisa mais óbvia do mundo, como se fosse normal na indústria da construção civil os aterros virem recheados de ossos humanos. E, principalmente, que fossem reclamados por seus antigos "proprietários". 

— Francamente, Aristides. Como não pensastes nisso antes?

Dizia ele para si mesmo ao deixar a casa da tia. Agora tinha certeza de ter sido vítima de alguma armação bizarra e queria muito saber da parte de quem. Por isso decidiu fazer uma visita a única pessoa que conhecia a origem exata do seu problema: o carroceiro. Com certeza ele saberia dizer qual a origem daquela terra assombrada.

No dia seguinte, logo cedo, Aristides foi procurar o sujeito em sua casa, onde o encontrou atrelando o cavalo à carroça para mais um dia de trabalho.

Depois dos cumprimentos de praxe, Aristides engatou uma estória sobre o desnível do loteamento, a necessidade de emparelhar os lotes, coisa e tal. Por fim, foi direto ao assunto e perguntou de onde o carroceiro tirara a terra que lhe fornecera.

— Não lhe contaram?

— Não.

— Então foi por isso que só tu aceitastes. Agora eu entendo.

O carroceiro começou a rir sozinho, deixando Aristides muito preocupado.

— Fala logo homem!

— A terra veio do cemitério que a construtora removeu para dar passagem a estrada nova. É isso. Ninguém queria aquilo e a companhia precisava dar um destino a ela. Achei que o Boca o tivesse prevenido.

Aristides ouviu calado o relato do carroceiro. Cada palavra dita fincava mais fundo o desejo de vingança que espetara seu coração.

A conversa com tia Helga havia sido muito produtiva. Agora ele sabia a causa do problema e, por tabela, como resolvê-lo. Pediu licença ao velho senhor e voltou ao seu lote, onde os buracos estavam espalhados por toda parte.

Ao contrário dos outros dias, dessa vez Aristides não tentou emparelhar o terreno novamente. Munido de um rastelo e uma peneira, ia esgravatando o chão em busca dos ossos perdidos em seu interior. Quando encontrava um, colocava-o cuidadosamente numa caixa de madeira forrada com a terra do cemitério. Era um trabalho lento, que exigia muita atenção e cuidado. Ao final de alguns dias Aristides julgava ter encontrado e recolhido todos eles.

Só havia uma maneira de ter certeza. Terminada a coleta, Aristides fechou a caixa e a enterrou bem fundo no lote vizinho. A noite, montou novamente seu posto de vigilância e esperou. Por volta da meia-noite começou a movimentação de espectros, dessa vez no terreno onde estava enterrada a caixa. Seu lote permanecia vazio, indicando que todos os ossos haviam sido removidos.

Resolvida a questão sobrenatural, Aristides pode finalmente finalizar o preparo do terreno e dar início a construção da casa dos seus sonhos. 

— Visitas e vizinhos, só os vivos!

Pensava ele satisfeito enquanto observava as paredes brotarem do chão.

Assim que as obras terminaram o casório foi questão de tempo. A estrada nova ficou pronta, os terrenos valorizaram e até o ressentimento que nutria contra o ex-amigo Boca havia diminuído.

Num belo domingo de sol o casal recebeu a visita dos pais de Aristides e de Ritinha - e também da tia Helga. Essa última fazia questão de conhecer a residência que, indiretamente, tornara possível a construção.

— Então esse é o tal terreno...

Dizia enigmática tia Helga, enquanto removia com o pé as pedras que encontrava perdidas na grama.

Aristides e o pai estavam nos fundos da casa, assando um churrasco, quando Ritinha foi ao encontro deles com uma cuia de chimarrão.

— Adivinha quem eu acabo de ver?

Perguntou ela enquanto estendia o mate para o sogro.

— Não faço a mínima ideia.

Respondeu Aristides com os olhos vermelhos de tanto assoprar o braseiro. 

— O Boca!

Aristides começou a tossir, mais pela surpresa que pela fumaça.

— E como ... cof ! cof! 

— Está ele? cof !cof !cof!

— Horrível, coitado. Estava me contando que desde que veio morar na nova casa, aqui no loteamento, não tem conseguido dormir direito.

— Porque?

Quis saber o sogro.

— Aqui é tão tranquilo.

— Pelo que entendi toda noite ocorrem uns barulhos estranhos pela casa, como se uma multidão invadisse o lugar e ficasse sapateando no piso.

Nesse instante Aristides se vira para pegar mais carvão, tentando disfarçar o riso. Tia Helga, que ouvira a conversa em silêncio, olhou para ele com seu olhar maroto e balançou a cabeça.

— Aonde enterrastes aquela caixa, Aristides?

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